Alvo de protestos, Câmara restringe acesso

Acuada pelos repetidos protestos que exigem a revogação da Taxa de Iluminação, a Câmara Municipal de Rio Claro resolveu endurecer o jogo contra os manifestantes que semanalmente ocupam o plenário

 

A partir desta segunda-feira (26) passará a adotar o credenciamento das pessoas que participarão das sessões ordinárias e ameaça acionar “os poderes da República”, para garantir a regularidade dos trabalhos no Legislativo e responsabilizar pelo que considera como eventuais abusos.

 

Os novos termos para acesso ao plenário da “Casa do Povo” foram impostos a partir de decisão da Mesa Diretora, presidida por João Zaine (PMDB) e integrada pelos vereadores Júlio Lopes (PP) – vice-presidente, Raquel Picelli (PT) – 1ª secretária, e Pastor Anderson (PMDB) – 2º secretário.

 

Em nota, a Mesa afirma que “estão ocorrendo, por parte de algumas pessoas, atos que desrespeitam os princípios democráticos, impedindo o funcionamento regular do Poder Legislativo com grave reflexo ao Estado democrático de direito”.

 

A Câmara diz que reconhece todos os movimentos democráticos e reivindicações que sejam realizados “dentro da urbanidade e civilidade”.

 

Para a Câmara, alguns atos promovidos pelos manifestantes ferem o Regimento Interno da Casa e impedem que projetos de lei tenham seus trâmites regulares. Segundo a nota, isso estaria “repercutindo diretamente na comunidade, impossibilitando o andamento e votação de importantes projetos de interesse da comunidade”.

 

Assinada pela Mesa Diretora, a nota oficial da Câmara foi publicada como matéria paga nas edições de sábado (24) e domingo (25) do Jornal Cidade de Rio Claro, e mereceu duas menções de apoio através da coluna “polítiKa”. A primeira diz: “Em Alta – João Zaine, que resolveu sair da concha e enfrentar a arruaça que tomou as sessões legislativas”. A segunda: “Em Baixa – Os democráticos, que confundem direito de manifestação com ataques cretinos e covardes à honra”.

 

Fonte: Guia Rio Claro


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