Carnaval Acessível? População critica a venda de ingressos em Rio Claro

A venda de ingressos para o Carnaval de Rio Claro tem sido alvo de críticas e insatisfações novamente por parte da população, especialmente entre aqueles de menor poder aquisitivo. A festa, que tradicionalmente é considerada uma celebração popular, tem gerado questionamentos sobre a decisão de cobrar ingressos.

Entre as principais queixas, destaca-se a recusa da Prefeitura em aceitar métodos de pagamento modernos, como Pix e cartão de crédito, na comercialização dos ingressos. Para muitos cidadãos, essa limitação não apenas compromete a praticidade do processo, mas também abre margem para questionamentos sobre a transparência e prestação de contas relacionadas ao evento.

“A festa é do povo, e o acesso deveria ser totalmente gratuito, e também a falta de opções de pagamento para os ingressos levanta suspeitas sobre a utilização dos recursos arrecadados, para onde vai esse dinheiro que a Prefeitura arrecada?”, comentou um morador indignado – Leandro Stimf.

“O ingresso deveria ser de graça para todos os lugares, arquibancadas né… deveria ser por ordem de chegada para pegar o ingresso, e não por dinheiro”, comentou a artesã – Alessandra Silva.

A Prefeitura de Rio Claro aumentou em 35% o repasse de dinheiro público destinado às agremiações carnavalescas. Esse repasse, que totaliza R$ 640.500,00 e é realizado por meio da União das Escolas de Samba da Cidade Azul (Uesca), tem como destino o financiamento das escolas de samba e blocos participantes.

A Prefeitura também arca com os custos relacionados à infraestrutura do evento, incluindo a montagem de arquibancadas, camarotes, banheiros químicos, assim como, serviços de sonorização, iluminação, segurança, comunicação visual e locação de geradores de energia, são igualmente financiados pelo erário público.

A comunidade de Rio Claro expressa preocupações adicionais relacionadas ao Carnaval na cidade. Muitos cidadãos manifestam insatisfação em relação ao local onde o evento é realizado, apontando-o como perigoso e distante para muitas pessoas. Essa situação suscita inquietações quanto à segurança, aumentando o receio de acidentes e incidentes de assaltos durante as festividades.

A população também critica os valores elevados cobrados pela Prefeitura na comercialização de alimentos e bebidas durante o Carnaval. As queixas se concentram nos custos considerados excessivos, o que impacta negativamente na experiência dos participantes.

“Tudo bem quem não gosta de Carnaval, eu não gosto e não vou, respeito quem gosta e vai, mas acho mesmo um absurdo o quanto cobram no valor de alimentação e bebidas nesses eventos organizados pela Prefeitura de Rio Claro, é evento para o povão ou para a elite da cidade?”, comentou o comerciante – Paulo Gomes.

“Carnaval era para ser de graça, quem é que paga toda essa festa? Eu acho que somos nós, o povo com os valores dos nossos impostos, tem pessoas que não tem condições de pagar por um lugar mais privilegiado para curtir o Carnaval, e isso é muito injusto, não temos igualdade aqui em Rio Claro, nem mesmo para curtir uma festa popular que sou eu que pago também para ela acontecer, então deveria ter uma fila para obter os ingressos, deveria ser por ordem de chegada e de interesse, mas é o dinheiro que manda sempre por aqui nessa cidade, infelizmente, acho um absurdo!”, comentou a empreendedora – Sandra Regina.

A ausência de opções de pagamento eletrônico e as preocupações sobre a prestação de contas têm levado alguns membros da comunidade a questionar a motivação por trás das decisões da administração municipal. À medida que o Carnaval se aproxima, a discussão sobre a acessibilidade financeira e a transparência na utilização dos recursos públicos continua a crescer entre os cidadãos de Rio Claro.


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