Ordinária é interrompida pela voz ao povo

Em mais uma manifestação pela extinção a Taxa de Iluminação e pela Redução dos Salários dos Vereadores, populares lotaram o plenário da Câmara nesta terça-feira (8). Acuados, vereadores interrompem a sessão.

Apesar da chuva que veio acompanhada de intenso vendaval, cerca de 70 populares que exigem um posicionamento claro dos vereadores frente à Taxa de Iluminação em nova manifestação no plenário da Câmara Municipal.

Reunidos no plenário e munidos de faixas e cartazes, a Ordinária foi rápida, apesar de ter sido interrompida por cinco minutos pelo presidente João Zaine (PMDB) uma vez, ao alegar que os manifestantes não estariam cumprindo o Regimento Interno, que impõe quase um toque de recolher, já que ninguém na platéia pode se manifestar oralmente sobre nada que os vereadores conversam ou votam.

A interrupção se deu logo após o primeiro expediente, quando é feita uma chamada de presença para verificar a quantidade de vereadores presentes e se dá início a votação a parte importante da Ordinária. Durante a chamada, a primeira secretária, Raquel Picelle (PT) ao anunciar os nomes dos vereadores, ouviu-se para cada nome uma breve vaia, o que levou AA interrupção da Ordinária.

Durante a interrupção, o que se ouviu no plenário foi um sonoro pedido pela revogação da Taxa de Iluminação, uma das pautas dos manifestantes.

Retomada a Ordinária, os projetos da ordem do dia foram votados rapidamente. Entre eles, mais um projeto da vereadora Raquel Picelli (PT), a criação do “Dia Municipal da Doula”, quando, então, às 18h40,  a Ordinária foi encerrada, sem os tradicionais discursos e proselitismos que costumeiros que costumam estender a sessão até às 20 horas.

A presença de populares na sessão tem tornado visível a irritação dos senhores vereadores acostumados a discursar para a televisão que, ontem, sem explicação oficial emitida pela Assessoria de Imprensa da Câmara, não foi transmitida, impedindo assim de se levar ao conhecimento da população o que tem acontecido efetivamente na “Casa do Povo”.

 

Na região

Enquanto os vereadores de Rio Claro fecham olhos e ouvidos para os anseios da população, que só faz crescer sua insatisfação nas últimas sessões Ordinárias, na região várias Câmaras Municipais se movimentam para dar resposta as vozes quem vem da rua.

Enquanto em Rio Claro o presidente João Zaine prefere interromper a sessão a dar voz ao povo, em Matão, nesta mesma terça-feira (8), os vereadores reduziram seus salários em 33%,  reduzindo seus próprios salários de R$ 7.400 para R$ 5.000 (Em Matão salários de vereadores são reduzidos).

 

Fonte: Guia Rio Claro

 


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